Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2006
>>A todos os silêncios de gestos e palavras que encobriram a >>impossibilidade,
>>refúgios, medos ou ausências. E, principalmente, aqueles que disseram mais
>>do que palavras.
>>
>>A todos os braços e abraços que acolheram, aqueceram e ampararam, nos
>>momentos em que a perda já parecia certa e o abandono das forças de luta >>era
>>aparentemente a única possibilidade de resposta.
>>
>>A todos os sorrisos esboçados ou assumidos que coloriram os rostos e
>>enfeitaram o mundo.
>>
>>A todo o Amor que nasceu e morreu, mas que teve seu espaço de cor, força e
>>brilho nas faces, corações e corpos.
>>
>>A todas as músicas e versos que os artistas, ou não, exprimiram com suas
>>emoções e nos ajudaram a compreender e comunicar melhor as nossas.
>>
>>A toda voz ou carícia que não se negou, que ouviu o apelo e respondeu com
>>sua existência, sua expressão sua proximidade.
>>
>>A todas as orações desesperadas, suplicantes ou agradecidas.
>>
>>A todos os desesperos que tiveram a grandeza de pedir ajuda e dar a enorme
>>descoberta de serem conhecidos na partilha e no calor de um olhar, talvez
>>perplexo, mas acolhedor.
>>
>>A todo o medo que a coragem permitiu viver, e que a força não deixou que
>>imobilizasse o gesto, e levou aos passos mais adiante e aos caminhos mais
>>além de antes do ontem.
>>
>>A todos aqueles que, disponíveis para o novo, o invasivo, o ensaio,
>>percorreram com seus olhos linhas como estas somando as nossas, as suas
>>vivências, indagações e descobertas e fazendo com isto que amontoados de
>>palavras se vestissem de significados, dedico esta mensagem como uma
>>liberdade de aproximação e um enorme desejo de que a busca de cada um não
>>cesse nunca, seja ela qual for, por mais que mudem as respostas ou que por
>>vezes, nos desanime a ausência delas.
>>
>>Um brinde aos encontros, que neste espaço de vida, puderam acontecer...
>>
>>desconheço o autor mas, seja quem for um brinde para ele também.